A PRINCESA E O CAVALEIRO
A PRINCESA E O CAVALEIRO



"A WOMAN'S LIFE

IN A SINGLE DAY
JUST ONE DAY

AND THEN THAT DAY

HER WHOLE LIFE"
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O JEANS E EU - mais esquisitices

Passei alguns anos da minha vida sem usar calca jeans. Nao porque eu nao gostava, simplesmente achava que em mim nao caia nada bem. Entao nessa historia acabei deixando de usar qualquer outra calca, mas no fim de ano resolvi experimenta-las. Nunca havia me desfeito delas. Passado algumas semanas, e ja aqui em Sao Paulo, arrisquei-me a sair de calca, jeans. Foram apenas algumas quadras, poucas horas fora de casa, mas foi absurdamente estranho. A roupa ao longo de todo o meu corpo, minha perna parecia estar completamente a mostra, parecia que todos olhavam para elas, e por varias vezes me desequilibrei. Era como se eu estivesse consciente de cada movimento, de cada passo que estivesse dando, entao cheguei ao ponto de pensar: agora essa perna, depois essa, e de novo essa, e a outra. Foi um alivio chegar em casa e acabar com a sensacao de todos observarem meu corpo, minhas pernas.
Daquele dia em diante ja usei outras calcas e voltei a usar o mesmo jeans. A sensacao esquisita acabou, agora sinto-me livre novamente, bem a vontade com minhas calcas.

posted by safiri @Wednesday, January 28, 2004
SOBRE MENINOS E LOBOS e O ULTIMO SAMURAI

Dois filmes lindos e que de formas diferentes obviamente me emocionaram. De ambos sai com os olhos vermelhos, do primeiro fiquei horas sem conseguir conversar, apenas pensando na historia, e do segundo havia a vontade de falar e falar sobre a beleza do filme. Infelizmente ainda nao consegui escrever algo digno sobre eles, talvez nem consiga, como ja aconteceu outras tantas vezes que nada postei, mas fica o recado, sao filmes belos.

posted by safiri @Tuesday, January 27, 2004
BROTHER, de TAKESHI KITANO

So nao e boring porque as cenas sao curtas. E um filme divertido e tem o seu charme.

posted by safiri @Tuesday, January 27, 2004
... wind beneath my wings...

lembro de quando meu irmao estudava em Campinas e quase nao nos falavamos mais, mas porque era eu quem estava distante, e tao distante que toda minha familia me chamou a atencao, tao distante que ate ele me chamou a atencao. e lembro bem desse fim-de-semana que ele foi nos visitar, e de como eu so me importava com os amigos, e de como estavam tristes comigo. entao escrevi uma carta e nela coloquei essa musica que ainda hoje me emociona, pois diz muito sobre como o considero. so peco desculpas porque a versao que conheco e da Bette Middler.

The Wind Beneath My Wings

It must have been cold there in my shadow,
to never have sunlight on your face.
You were content to let me shine, that's your way.
You always walked a step behind.

So I was the one with all yhe glory,
while you were the one with all the strain.
A beautiful face without a name for so long.
A beautiful smile to hide the pain.

Did you ever know that you're my hero,
and everything I would like to be.
I can fly higher than an eagle,
for you are the wind beneath my wings.

It might have appeared to go unnoticed,
but I've got it all here in my heart.
I want you to know I know the truth, of course I know it.
I would be nothing without you.

Did you ever know that you're my hero.
You're everything I wish I could be.
I could fly higher than an eagle,
for you are the wind beneath my wings.

Did I ever tell you you're my hero.
You're everything, everything I wish I could be.
Oh, and I, I could fly higher than an eagle,
for you're the wind beneath my wings,
'cause you are the wind beneath my wings.

Oh, the wind beneath my wings...

Fly, fly, fly high against the sky,
so high I almost touch the sky.
Thank you, thank you,
thank God for you, the wind beneath my wings.

E muito bom voce estar de volta.

posted by safiri @Monday, January 26, 2004
LOVE AFFAIR

Achei que eu não conhecesse o filme, mas como não? É a refilmagem de Tarde Demais Para Esquecer, um lindo e charmoso romance, clássico dos 50/60(?). Só que ontem vi a versão com Warren Beaty e Annette Bening. Que cenário, que figurino, a mágica empatia que o filme nos dá já à primeira vista, a trilha sonora, o charme e a beleza dos dois, e ainda a participação de Katharine Hepburn com os melhores diálogos do filme.


posted by safiri @Wednesday, January 21, 2004
AS MENINAS

Li de uma só vez e adorei, foi do nada. Amiga chique abria o armário quando me chamou a atenção alguns papéis em suas mãos, perguntando o que era ela respondeu: “As Meninas”.

Eu:
_ Mas já está pronto? Desde quando?
Ela:
_ Há anos, nunca viu? Ainda tem muita coisa para mudar, mas esteve sempre aqui guardado.
_ Caramba! Sabia que tava pronto, digo, escrito, mas assim impresso... Posso ler?
_ Claro que pode.
_ Então ficar um tempo com ele, tá? - e não foram precisos mais do que poucas horas com o livro.

Estava no sofá pronta para ler jornal mas o título, a capa, o livro ali na mão. Folheei e sem resistir comecei a leitura.

É preciso publicá-lo, é claro o sucesso com todos os tipos de garotas, das quietinhas às mais pervertidas. Ocorrem dois tipos de identificações. Na tradicional, o encontro de pensamentos/sentimentos iguais aos seus e situações já vividas por você. Na segunda, mais gostosa, lê-se histórias que você não viveu mas que gostaria que tivessem te acontecido. A leitura é leve mas nada simples. Divertido, engraçado e ao mesmo tempo profundo. É sensual e sexual, dos que despertam desejos. E como gostaria de ter encontrado esse livro na adolescência. Talvez me entenderia um pouco mais, talvez facilitasse a maneira como sinto as coisas. Um ponto que me chamou muito a atenção foi o da proximidade das pessoas, elas se tocam, acariciam-se, gostam de sentir o outro, como a própria amiga chique gosta e faz, mas diferente da vida real, do dia-a-dia, onde os toques são tão escassos, as pessoas fecham-se e distanciam-se cada vez com maior facilidade.

É uma história para adolescentes na medida em que é escrito na sua linguagem, mas é um livro também para mulheres, pela falta de oportunidade de encontrar um livro nacional tão próximo do que existe, tão bom, tão real.

Assim que for lançado eu aviso aqui.

SUMMER OF SAM, de SPIKE LEE

Por que gostei tanto desse filme longo e cansativo? Por colocar realidades tão comuns e diversas hoje em dia.

A história passa-se numa Nova Iorque dos idos 70 e como que num tapa na cara nos mostra todos os típicos males freqüentes numa sociedade. Drogas, faltas de perspectivas, sexo, violência, diferenças de raça e cor, diferenças.

Mas é especialmente por mostrar tudo sem pregações, sem politizar, sem induzir, sem estragar, apenas mostrar o que era, o que foi e ainda é, por deixar cada um com suas sensações.

E a trilha sonora fantástica, das melhores que já possui. O bônus são os personagens cheios de charme. Impossível eu não gostar.

posted by safiri @Sunday, January 18, 2004
CHANGES - KELLY&OZZY OSBOURNE

Pelo que entendi, pai e filha refizeram uma versão dessa música de Black Sabath. Pero, independente das capacidades vocais dos Osbournes e do estrago que dizem ter feito com a música, adorei o clipe. Foi quase emocionante ver pai e filha juntos, e as fotos antigas, fotos de todos, a beleza de Kelly, e o amor que vejo dentro da família. É isso o que me importa.

posted by safiri @Friday, January 16, 2004
O Céu Que Nos Protege (The Sheltering Sky) - Bernardo Bertolucci

Algo fascinante do filme é não saber o que vem em seguida. É uma cena de cada vez, não se sabe se, por exemplo, durante a conversa, alguém vai se levantar e sair, não se sabe se irão se beijar, partirão para outra cidade ou serão pegos. A única certeza é aquele momento, e que depois de tudo haverá um fim. Isso não existe mais, hoje é comum encontrarmos a resposta certa, o comportamento adequado e a seqüência que seguirá a trama. A fotografia é magnífica, assim como a iluminação, e o clima tenso que se forma. O que ficou para mim do filme foi a questão de se viver para sempre junto de alguém, viverem juntos independentemente de qualquer fator externo. É sobre a vida de um casal, eles, apenas os dois, a vida de um pelo outro e de um com o outro. Eu viveria assim, eu me sujeitaria a uma viagem dessas e a uma vida dessas por alguém que amo. A vida pelo amor, pela pessoa, pela nossa vida juntos, e para sempre.

e por falar nisso...
Também assisti a STIGMATA, de Rupert Wainwright, com Patricia Arquette e Gabriel Byrne. O que me fez perceber outra coisa, também aceitaria todos esses estigmas se encontrasse um padre desses. É verdade.

posted by safiri @Thursday, January 15, 2004
Aniversários

Pelo dia 05, Feliz Aniversário atrasado Irmã Olga;
pelo dia 06, Feliz Aniversário atrasado Eli;
pelo dia 12, Feliz Aniversário atrasado para a minha amiga chique;
pelo dia 13, Feliz Aniversário atrasado amigo T;
em cada dia lembrei de cada aniversário,
mas não consegui falar com vocês,
então aqui dou os Parabéns,
que seja um ano de muito amor, paz e saúde,
um forte abraço.


posted by safiri @Wednesday, January 14, 2004
Campos do Jordão
Passei 5 dias nessa cidade. Não está mais bela como antes, não está limpa como antes, ruas sujas de terra, poluição visual já desde a entrada da cidade, pessoas feias, mas continuo gostando de Campos, e voltarei mais vezes. Um pouco antes de chegar, ainda subindo a serra, pudi sentir toda a beleza do lugar apenas com meu olhar. Pude tocá-la. Ao longe a Serra parece como que recoberta por um extenso carpete, não, dois carpetes. O primeiro é macio, dá vontade de tirar os sapatos, deitar, rolar, consigo sentir até o cheiro da mata, a brisa no rosto, nos braços, a umidade do lugar. Já no segundo, formado pela junção das araucárias que tanto gosto e demais árvores, sinto uma granulação nas minhas mãos, mas é gostoso, faz cócegas.

-descoberta-
Foi preciso retornar a Campos para descobrir que preciso conhecer o Canadá. Estava caminhando por Capivari com meus irmãos quando vi diversas folhas no chão. Além de passear pelo Central Park no outono, tenho que visitar o Canadá. E então estarei ainda mais satisfeita.

-fobia de peixes-
Nunca imaginei algum dia deixar uma perereca (que palavra horrível) se fixar na palma da minha mão. Tenho nojo de sapos. Mas ontem, ele, era macho, estava lá, e é delicado, limpo e de olhinhos curiosos. Gostei da sensação de quando as ventosas(?) se fixaram na palma da minha mão. E então uma garota que estava próxima começou a me contar sobre a sua fobia por peixes. Muito interessante, essa eu nunca tinha ouvido. E ela tem pesadelos onde acredita estar sendo atacada por peixes, sente como se eles estivessem subindo pelas suas pernas, pensa que eles podem estar debaixo dos lençóis. Disse-me também sobre o avanço que foi conseguir ver a imagem de um peixe pela televisão, antes nem isso ela podia.

posted by safiri @Wednesday, January 14, 2004
ENDEREÇO DAS FADAS

Vá para Campos do Jordão, procure pelo bairro Capivari, fica próximo ao centro desse bairro, apenas algumas quadras, numa subida, dentro de uma Colônia de Férias. As árvores se fecham num verde intenso, é escuro mesmo que de dia e já ao longe, da sacada do quarto, posso sentir a magia e o mistério imerso nesse cenário. Elas estão todas lá, elas e outros seres mágicos.

posted by safiri @Wednesday, January 14, 2004
MY SOUL IS BACK AGAIN, AND SHE SAYS "I'M FINE"

Lembro das vezes em que, folheando edições com fotos daquele bairro de Tóquio cheio de japoneses bizarros, ficava incomodada. Hoje entendo. É que eu já fui uma dessas fotos. Sem perceber, ou talvez sem mesmo querer me dar conta, deixei me transformar numa caricatura, numa imagem que fixava-se na mente das pessoas, como eu queria, mas ficava apenas nisso. Apenas as cores e os excessos, e ainda que em meu rosto estivesse estampado minha intensidade, e que meus olhos não deixassem de mostrar minhas dores, eu era uma foto apenas, a imagem de alguém sem alma. E foi assim que eu quis ser vista, queria deter apenas minha imagem externa nas pessoas, chamar atenção nisso, para que assim nunca enxergassem a minha alma, que não estava mais ali.
E foram longos anos me achando diferente, tão diferente ao ponto de nunca conseguir me encaixar em qualquer lugar, com qualquer pessoa. Havia meu irmão, mas na minha mente ele não era um sinal de “Sim, existem outros!”. Não. Ele era também o diferente e que lidava com isso de outra forma. Então estava só. Durante anos vi, através dessa alma, meu corpo perambular por aí, por vezes quase cortei o cordão entre meu corpo e alma e por vezes, com um cordão já bem fininho, ia me distanciando cada vez mais. Mas o amor da família, a crença deles, e minha fé, conseguiram manter essa delicada linha inquebrável. Ao longo dos anos também tive meus rompantes com a volta da alma, mas ela não conseguia permanecer, não gostava desse corpo, envergonhava-se. Eu vivia como que a me assistindo por um telão, eu era apenas o personagem que não existe, que não é desse mundo real, a atriz interpretando. Então segui esse caminho, o caminho de se achar excluída, e por isso só me relacionar com “os excluídos”, “os diferentes”, “os estranhos no ninho”. Ali eu também não estava completa, mas me sentia melhor. Como meu irmão define algumas pessoas, eu era, por exemplo, do tipo que não poderia sentar ao lado da sua avó. Era diferente demais.
E então veio o click, a luz que me fez entender quem fui e o que fui nesses últimos anos. Mas melhor que isso, entendi todo o processo que passei, e agora posso dizer pela primeira vez que minha alma voltou. Hoje me sinto aceita, porque me aceitei. Hoje finalmente posso estar ao lado da minha família e amigos estando ali com eles e me sentindo parte deles. Hoje sei pertencer, sei que pertenço, e quero distância dos freaks, não amados, excluídos e desalmados. Dizem que fim de ano é tempo de repensar no que se passou, tempo que pensamos mais em nós, no que fomos e no que queremos para o futuro. E foi isso o que fiz nos últimos dias de 2003, quando de férias com a família. Muitas vezes me recolhi para o quarto querendo ficar quietinha para entender o que eram todos esses pensamentos se formando, por vários dias percebi o olhar atento dos meus pais sobre esse meu comportamento, mas eu precisava desses momentos até que entendesse tudo.
Hoje olho para as novas amizades crescendo e gosto de perceber o quanto são reais, são gente, são simples e normais como eu. E penso nas grandes amizades que passaram pelos anos e sinto que pela primeira vez posso estar com eles por inteiro, e que posso estar de volta. Hoje, estando no meio dos amigos da minha irmã, sinto que sou também como eles, estando com as pessoas do Lions, clube ao qual meus pais sempre pertenceram, sou também como eles. Deixei de ser uma estranha, uma freak qualquer, uma caricatura dos cabelos azuis e sempre de rabinhos, das roupas coloridas e do alto da plataforma, para me tornar a mesma, eu em pessoa, inteira, intensa, aquela que passei todo o tempo procurando, aquela cheia de inseguranças, com seus defeitos e medos, com suas qualidades e habilidades, aquela que só não conseguia mais manter sua alma ali. Está bem, confesso que continuo do alto das mesmas plataformas, que não me visto da maneira mais comum, e que meus pensamentos estão longe de seguirem o padrão, mas hoje sei o que é ser única e ser igual, e real. Engraçado que meu irmão não sabia disso, mas hoje sei que nós dois não somos sós, que existem muitos outros tantos únicos e exclusivos, e reais.
Então assim começo meu ano, com meu primeiro post contando que ela está de volta, minha alma. FELIZ 2004.


posted by safiri @Wednesday, January 07, 2004

"se vos falei de coisas terrestres, e não crestes,
como crereis, se vos falar das celestiais?"
joão 3:12


a princesa eo cavaleiro



















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