A PRINCESA E O CAVALEIRO
A PRINCESA E O CAVALEIRO



"A WOMAN'S LIFE

IN A SINGLE DAY
JUST ONE DAY

AND THEN THAT DAY

HER WHOLE LIFE"
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dentro do ônibus, nessa manhã, voltando para casa, finalmente me dei conta do que fiz comigo nesse começo de 2003. Criei um símbolo e depositei toda minha vida e valor ali mesmo. Caso falhasse, como ocorreu, teria falhado comigo, com minha família, com minha vida. Que ilusão foi essa que criei? Precisei errar em algum ponto para perceber, e finalmente entender o absurdo, entender que eu não me resumo a um símbolo, minha vida não é tão pouco, ridículo isso. Mas claro, felizmente tudo ainda tem conserto e vai dar certo, como os finais felizes.

posted by safiri @Wednesday, June 25, 2003
Buddy Bolden’s Blues de Michael Ondaatje

Li de uma vez e é delicioso. Comecei a leitura pelo autor, pois gostei como escreveu O Paciente Inglês, mas terminei a leitura pela própria história. Buddy Bolden é o que se pode chamar de precursor do jazz, no livro Ondaatje retrata um pouco da sua vida, realidade e ficção, conta sua fixação pela música, suas bebedeiras, mulheres, prostitutas e seu fim num manicômio. Nos capítulos que se seguem vão se misturando os pensamentos e falas do narrador, do próprio Bolden e dos diversos coadjuvantes, são passagens que se misturam sem nenhum aviso, mas escrito de forma tão leve e interessante que não tem como se confundir e não entender quem é quem. Poucos conseguem realizar essa tarefa e ainda escrever tão poeticamente. Mais uma vez digo, outros livros de Ondaatje virão.

posted by safiri @Tuesday, June 24, 2003
O mundo cão da mídia brasileira de Olavo de Carvalho

VALE A PENA

posted by safiri @Sunday, June 22, 2003
Meus Vizinhos Italianos – Histórias de um Inglês na Itália Tim Parks

Interessante a história, relativa na maior parte do tempo, mas consegui chegar ao fim. Realmente temos muito da Itália nesse país, e o catolicismo especialmente nos trouxe um bocado disso. Dia de finados, burocracias, “jeitinho” italiano, apego à família, política, funcionários públicos, crendices, calor insuportável etc. etc. E o que mais gostei disso tudo foi encontrar minha família e entender alguns costumes, tudo molto valido. Admito que passei toda a história na vontade por um Prosecco. Quanto a Tim Parks, escreve muito e é realmente franco, nada discreto. Impressionante como descreve os lugares e as pessoas com quem convive/conviveu, diversas bigornas devem ter caído sobre sua cabeça, pura maldade!
E meu irmão troppo gentile porque passou o livro para mim.

PS: Confesso que gostei da capa do livro.

posted by safiri @Sunday, June 22, 2003
Look At Me I Am Sandra Dee...

Como pode uma única coisa, um único compromisso me paralizar por um dia inteiro!? Isso não é certo. Isso não é justo comigo mesma. E então a ansiedade volta por alguns eternos minutos, no decorrer também percebo que estou na tal tpm, tudo se esclarece, aos poucos as coisas vão se encaixando novamente, vai dando tudo certo, mais um ciclo, e então respiro tranqüila.

posted by safiri @Wednesday, June 18, 2003
25th HOUR

Mais uma vez A Última Noite . Continuo gostando e ainda é dos melhores a que já assisti nesses últimos tempos. Mas lembrei ter deixado de lado um personagem, Doyle, o cachorro de Monty. É com ele que se inicia o filme, é com ele que Monty pensa ter feito a única coisa boa na vida, é ele o único que Monty realmente conhece. Deixei para trás Jakob, o outro antigo amigo de Monty, um professor looser e apaixonado por sua aluna de 17 anos, a atriz Anna Paquin. Aliás, todos os coadjuvantes são muito bem trabalhados. Não comentei também o monólogo de Monty consigo mesmo diante do espelho no banheiro do bar de seu pai. Num momento de raiva Monty xinga a todos, todas as raças, todos os credos, todos os culpados dele ser ele mesmo, dele ter essa vida, dele estar nessa condição. Até que Monty xinga apenas a si mesmo, o único culpado por sua desgraça.
No amanhecer antes da sua partida, Monty pára diante do rio de NY e percebe a felicidade que poderia ter vivendo dessa forma, todos os dias no rio, entrar em seu barco e fazer seu trabalho.
Sem dúvida, no meio de toda essa história, Spike Lee, ao utilizar boas locações, imagens e fotografia, faz uma bela homenagem à cidade de Nova Iorque.

posted by safiri @Sunday, June 15, 2003
eu, eu mesma e safiri

...meu sonho era ser a Simony, a Mônica ou o Príncipe Safiri. A Simony porque fazia o programa do Balão Mágico, a Mônica porque era rodeada de meninos e era a mais forte do bairro e Safiri porque era linda, uma princesa, mas ágil como os príncipes e suas espadas. Também quis receber milhares de cartas para ficar sorteando como fazia a Xuxa, já assisti a um show dela; a melhor brincadeira era de caça ao tesouro que somente meu irmão sabia fazer, meus amigos e eu esperávamos o ano todo para chegar o dia da “caça”; já gostei de pescar; brincar nos brinquedos do parque com meus pais, ir ao circo e comer maçã do amor e pipoca, e pular amarelinha com minha mãe; andei de charrete e trenzinho; fui noivinha em festa junina; subi em pé de manga, mexerica e jaboticaba; já fui campeã na brincadeira de pular elástico, brincava de escolinha, comidinha (minha avó me ajudava de vez em quando), cabaninhas, cabra-cega, esconde-esconde e gato mia; os tempos de vento e chuva na casa no interior, brincava de chamar chuva também!; chocolate guarda-chuva sem quebrar a pontinha, anelzinho de doce e dip´n lick; tive aulas de japonês, adoro aprender outras línguas; sempre adorei ler, e tenho um pai que me contava historiazinhas antes de dormir, também lembro das viagens que fazíamos juntos, só nós dois, e as diversas músicas que cantávamos; já fiz tricô e crochê, mamis quem ensinou, e costurava roupinhas para as bonecas com os retalhos da minha vó; Moranguinho, Bananinha, Uvinha, boneca Amore e Bebezinho; o nascimento da minha irmã; fiz trabalho voluntário, fazia diários; tomava leite de soja no primário e fazíamos bochechos com flúor de tempos em tempos; brinquei com argila diversas vezes; participei de campeonatos de xadrez; Jogos Regionais, Jogos Abertos; já fiz picnic; tive aulas de vôlei; Sociedade dos Poetas Mortos; Twin Peaks; O Diário Secreto de Laura Palmer; montanha russa; os jantares na casa da Pri; adorava usar sandálias com meias e as pochetes de brinde que vinham nas melissinhas; jantar todo domingo na casa da vó, e à noite ir correndo assistir a Os Trapalhões; já quis ser adulta vendo minha mãe se maquiar na frente do espelho, já sou adulta; tomar Nesquik; minha cicatriz no joelho, quatro pontos; brincar com meu irmão de rezar missas em cima da cama e imitar os amigos estranhos do meu pai enquanto eles estavam em casa; inventar danças da Xuxa e do Balão Mágico com a Lelê para depois apresentarmos para nossas mães; participar dos campeonatos de karaokê de músicas japonesas, a dança japonesa que apresentei num dia dos pais; brincar em banheiras; ouvir NKOTB todos os dias depois que voltava das aulas e passar horas conversando sobre eles com minhas amigas; assistir a todos os filmes do Elvis, o disco duplo dele, minha primeira fita da Madonna; alugar infinitas vezes A História Sem Fim; dormir no colégio das ‘irmãs’ com a sala toda; as vezes que brincava de lojinha na frente da casa da minha amiga “vendendo de verdade!” para todos os passantes; as visitas do meu tio de São Paulo; bolachinhas da vó; as excursões da minha mãe com os alunos para diversos lugares do país; andar de avião; os dias que passei em South Caroline quando adolescente; Disney da Flórida, Disney de Paris; meus gatinhos de estimação; engessei o pé e usei muletas; tinha pesadelos uma vez por ano, tinha medo antes de dormir toda vez que assistia a filmes de terror à noite; show dos Engenheiros do Havaí aos 13 anos; fui a várias cartomantes na adolescência com as amigas e já matamos aulas; minha primeira viagem sozinha quando meu irmão fazia Unicamp e todas as grandes conversas que sempre tínhamos e voltamos a ter; minhas paixões desde a primeira série do primeiro grau e meu primeiro amor anos depois; já fui uma super fã; já joguei moedas para fazer pedido assim como ainda faço pedidos ao entrar pela primeira vez numa igreja, e ainda gosto de conhecer o interior de igrejas, sou batizada, fiz comunhão e sou crismada; já conversei com árvores; tinha uma Hello Kitty de pelúcia que na verdade era o meu Sansão; mamadeira e minha inseparável, velha e rasgada fralda; já andei a cavalo e fui em cachoeiras; pulei de bungee-jump; queimei a roupa preferida no ferro de passar; já quis salvar o mundo; gostava de pão francês cheio de leite condensado e maçã “mergulhada” no açúcar; usei aparelho móvel; Campos do Jordão com a família; Fernando Pessoa; passei 8 anos sem comer nada que contivesse açúcar refinado (não era doença nem promessa) e passei um ano sem comer pizza; regimes malucos; já ganhei um carro num concurso;

já me embebedei, já desmaiei e já tomei glicose; já chorei por nada, já chorei por tudo; já pensei em suicídio por mais de uma vez, já tentei cortar os pulsos e sim, me machuquei; tratamentos dos mais diversos, e psicanálise, e psiquiatria; tomei antidepressivos, tomei moderadores como lítio;

almoçar todos os dias no Arthur; meu primeiro cd do David Bowie; aulas de patinação artística; minha viagem para a Europa, Polônia e Áustria foram incríveis; conheci o campo de concentração de Auschwitz, já dancei numa boate com meu professor de faculdade; já preparei lingüiças e marshmellow segurando varas sobre a fogueira; tênis plataforma; já amei, já me amei e já me odiei; vi e comi blueberry, café com tortas e café com donuts; já fiz ballet, capoeira e natação; já escrevi poesias, letras de música e cartas de amor, já quis escrever livros; já fiz piercing; usava os computadores da USP sem estudar lá; já fui caminhar no Ibirapuera; já dancei até o amanhecer; as conversas em família depois do almoço em casa; já quis ser aeromoça, arqueóloga, executiva, diplomata e até freira; ver a emoção da minha irmã quando encontrou pela primeira vez seu ídolo e andar à noite pelas ruas da Paulista; o nosso banquinho da PUC; cafés com meus amigos e nossos inesquecíveis Congressos; Uruguai; Arbys, batatinha smile do KFC e Au Bon Pan; já tomei anestesia geral; passar uma noite e um dia na fila para acompanhar minha irmã no show dos Backstreet Boys, Five, CPM-22 e nas gravações do programa Sandy&Júnior; meu primeiro emprego, minha primeira chefe, adoro ela; já gostei de uma música do EMINEM; fiz um blog; fiquei presa no elevador, num banheiro e tiveram que arrebentar a porta; já sonhei e já se realizou; já tive mais amigos, tive menos amigos, já briguei, já surtei, já sofri e passou, já fui triste, já fui feliz, já sorri e já chorei ao mesmo tempo; já cresci e já quero casar e ter filhos, descobri a importância da simplicidade, da saúde e da paz, da rotina e da não rotina, de ter objetivos, de criar, de fazer e acontecer, de estar com; de sorrir; de brincar, dançar e cantar; de sonhar; de ter fé; de ligar para casa e conversar com a família, de ligar para amigos. E do futuro que agora me toquei que por muito pouco pode nunca acontecer...

posted by safiri @Thursday, June 12, 2003
A Peça Sobre o Bebê

a FSP que só tem escrito asneiras,
é engraçado e divertido.

Fúlvio Stefanini, aquele que com toda sua experiência de palco ainda esbanja charme, Marília Gabriela, é a quem rouba mais risos, Simone Spoladore, por quem passaríamos horas observando e Reynaldo Gianechini, a beleza ideal e felizmente em interpretações cada vez melhores. A peça é sobre um jovem casal que com seu bebê recém-nascido vive a intensidade da vida e da sexualidade, a felicidade. Entrando em cena o casal adulto, o homem e a mulher, experientes, charmosos e sabidos de uma vida também cheia de tristezas, desgostos e sofrimentos, Albee, autor da peça, mistura a realidade e a mentira, o que chamam de “a quarta parede” e o público, então o casal tenta dissuadir os jovens disso que eles pensam ser realidade. É preciso estar atento às falas, alguns momentos podem ser confusos dada a velocidade de informações, é acelerado quando estamos com o casal de adultos, um tanto mais lento ao nos encontrarmos com os jovens e bem interessante o conjunto de toda a história. É com muita diversão que A Peça Sobre O Bebê brinca com o real e o não-real, com o real que não se parece real e o não-real que parece ser a realidade. Recomendo a todos.

posted by safiri @Thursday, June 12, 2003
25th HOUR – filme de Spike Lee and Joint

É a história de um homem que tenta descobrir um sentido para suas relações de vida antes de perdê-las por longos sete anos, ou mesmo para sempre. Monty, Edward Norton, é o traficante que escolhe passar seu último dia entre amigos, namorada e seu pai, antes de cumprir os anos de prisão. A história se passa em NY pós-11de setembro, introduzindo esse clima da cidade de forma bem natural. Pois mesmo com a música iraniana no começo do filme, mesmo parecendo óbvio, está natural. Mostrando assim como o que aconteceu está sempre no ar e rondando Nova Iorque. 25th Hour é, portanto, sobre muitas coisas, mas mais do que tudo é sobre relacionamentos. Da namorada Naturelle, Monty está desconfiado de tê-lo entregado à polícia, mas eles se amam. Com os amigos, que pensa descobrir serem os verdadeiros, o filme retrata as contradições de sentimentos dos que conhecem um amigo que vai para a prisão: “Vou estar sempre com ele”; “Não, nunca mais o verei”; “Ele é forte”; “Lá qualquer um é fraco”; “É sua última noite, então estarei com ele”; “Eu não fiz nada, podia ter ajudado”; “Mas é ele o único culpado”; “Até logo”; “Adeus” . Por vezes esquecemos que Monty é um bandido, traficante, então torcemos para que tudo ocorra bem, é o que Edward Norton, o ator, consegue nesse filme. E seu pai, alcoólatra, um bombeiro aposentado, um irlandês endividado e dono de bar, com quem Monty passa os momentos mais delicados e mais belo do filme. Há uma relação madura entre os dois o que talvez tenha tornado a relação ainda mais bonita. E o final, ambíguo, para todos os gostos , mas bonito. É um filme que mostra como muito na vida já esteve por muito pouco para nunca acontecer.

posted by safiri @Monday, June 02, 2003
Deixar de ser Criança

Lembro do tempo em que brincava, e mergulhar em histórias e lugares era o comum. Foi-se o tempo, deixei passá-lo. Quando adolescente tive minha primeira percepção dessa capacidade, e hoje, adulta, sinto ter deixado isso para trás. Mas sei que posso recuperar. Hoje sei que o único momento em que mergulho de corpo e alma numa “brincadeira”, num passatempo, é quando assisto aos filmes; livros, talvez, de vez em quando deixo-me ir. E sonhos.

Deixei para trás a espontaneidade das minhas falas e ações. O eu mesma. Aquela que é, com todos e com ninguém, o que é consigo mesma.

Deixei para trás uma parte da vivacidade, da alegria de apenas estar. Perdi energia, perdi a paz de todos os momentos. É triste perceber a importância que dou à paz, pois se assim faço é porque já a perdi por diversas vezes.

Deixei para trás o hábito de falar. Hoje sou de poucas palavras, mas não porque assim quero.

E por fim algo que não deixei para trás, o hábito de sofrer, e fazer-se sofrer. Isso eu podia ter deixado ir.

posted by safiri @Monday, June 02, 2003

"se vos falei de coisas terrestres, e não crestes,
como crereis, se vos falar das celestiais?"
joão 3:12


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