IN THE CUT

Sem expectativas para ver o filme, quase nao me decepcionei. Nao li jornais, nada pela net, nem conversei com as pessoas a respeito. A decepcao foi nao ter visto Meg Ryan fazendo boquete, pois e, achei que faria. Entao descubro que estive enganada e sem saber nada mais sobre o filme, tive um bom passatempo.

Nao reconhecer Kevin Bacon, por exemplo, foi interessante. Eu nao sabia da presenca dele na historia.

Tambem me pegou de surpresa o bigode do policial Malloy. Nao gosto de bigodes (embora a palavra seja otima), so nao me importo com bigodes de pais e amigos de pais, nunca em jovens. Saindo do cinema resolvi reparar no cartaz do filme, o bigode do cara esta quase imperceptivel na foto, deve ter sido proposital, para nao afastar publico como eu.

Confesso tambem que o comeco do filme me deixou apreensiva. Nao lembrava da diretora, Jane Campion, e ler seu nome na tela me desviou varias vezes da historia a procura de elementos chatos. Onde estara a chatice que so ela sabe tao bem trabalhar? Afe, ainda bem que me foi um bom passatempo, eu nao estava para grandes chatices.

Nao gostei das diversas imagens da tela, aquelas do tipo filmes caseiros, minuciosamente bem trabalhado para parecer e aparecer mal-feito. Imagens que cansam a vista e que para pessoas mais sensiveis pode causar dor de cabeca e tontura.

Uma outra, mas boa surpresa, deixou-me contente, foi ouvir Angelo Badalamenti na trilha sonora. Musico, esta em todos os trabalhos de David Lynch, apareceu tambem em A Secretaria, e agora esta aqui. Suas musicas sao inconfundiveis, ouvi-las de vez em quando me traz sensacoes de velhos tempos, bons tempos.

Ah sim, Jennifer Jason Leigh tambem esta no filme.