não o borboletaestava lendo um trecho sobre baudelaire, haxixe, ópio e vinho, então lembrei de quando me tornei, hmmmm, careta?, quanto ao uso das substâncias que alteram a percepção e se tornam necessidade.
foi exatamente quando percebi minha necessidade de permanecer nos remédios para todo o sempre, remédios que, enquanto não salvam, possuem efeitos quase tão devastadores quanto a doença.
dificuldade de concentração (de pensamentos, de sonhos), boca seca, náusea, tontura, dor de cabeça, cansaço (muito sono) ou agitação, diminuição dos movimentos (passos, desequilíbrio), diminuição libido ou aumento, constipação, alteração de peso, alergias pelo corpo (bolhas, vermelhidão, coceiras), diabetes, pressão alta, problemas cardíacos. o que me lembro.
trágico também é a pessoa sentir tudo isso enquanto está doente.
quando se busca vida e se encontra tantos efeitos colaterais, como se divertir?
só desejo sentir o mínimo possível de todos os efeitos colaterais, retomar a dosagem mínima reaprendendo quem sou e como reajo a todos os estímulos, pois ainda tenho muito a rever.